Existe uma diferença básica entre o
confucionismo e o taoismo. O primeiro se preocupa mais com o lado externo da
vida, e o segundo com a vida interior. Ou seja, como confucionistas os chineses
se esforçam para viver em harmonia com a sociedade na qual vivem, e como taoistas
seguem por outro viés, procuram a paz interior e a harmonia com a natureza. Assim,
de forma simbólica, podemos dizer que o confucionismo e o taoismo são “os dois
lados da mesma moeda”.
Propósito do texto: Conhecer um pouco sobre a religiosidade taoista e descobrir o que se pode aprender com ela.
I. LAO TSÉ.
Escrever uma biografia completa sobre Lao tsé (ou Laozi) é algo praticamente difícil, isso por causa da escassez de fontes históricas que relatem em detalhes a vida pessoal do fundador do taoismo. Tudo o que se sabe sobre Lao tsé está mais para lendas que fatos concretos. No máximo sabe-se que Lao tsé viveu em meados do século VI a.C., foi contemporâneo de Confúcio, e aparentemente mais velho do que ele.
Outro aspecto importante do taoismo é o principio do Yin Yang. Viver sempre em harmonia é uma das principais metas de todos os seguidores do taoismo. No pensamento tradicional chinês todas as coisas existentes no mundo possuem dois lados essencialmente conhecidos como yin yang. “Yin” descreve as coisas escuras, úmidas, frias, moles e femininas; e “Yang” é o oposto de tudo isso.
A harmonia entre os opostos é algo que sempre deve ser preservada. Se existe algum tipo de distúrbio no mundo é porque a força vital de Yin Yang está em desarmonia. E isso, em parte, explica porque em algumas partes do mundo acontecem terremotos, enchentes, furacões e outros fenômenos naturais que trazem destruição, prejuízo e medo para milhares de pessoas.
II. TAOISMO FILOSÓFICO E RELIGIOSO.
I. LAO TSÉ.
Escrever uma biografia completa sobre Lao tsé (ou Laozi) é algo praticamente difícil, isso por causa da escassez de fontes históricas que relatem em detalhes a vida pessoal do fundador do taoismo. Tudo o que se sabe sobre Lao tsé está mais para lendas que fatos concretos. No máximo sabe-se que Lao tsé viveu em meados do século VI a.C., foi contemporâneo de Confúcio, e aparentemente mais velho do que ele.
Lao tsé escreveu o Tao Te Ching que se
tornou o texto sagrado do taoismo. Não se sabe em que época Lao tsé escreveu
essa obra, no entanto, um dos seus fundamentos principais é que o homem deve
sempre pautar sua vida conforme o Tao. Mas o que é o Tao? Tao é um termo de difícil definição,
muitos o definem como “o caminho”, mas em síntese o Tao pode ser visto como uma
“força” que estar por trás de tudo o que existe no mundo. E cabe ao taoista
viver sempre em harmonia com o Tao.
Essa obra, que supostamente contém os ensinamentos de Lao-tsé, provavelmente combinam as palavras de muitos antigos mestres espirituais. O texto explica o princípio do Tao, que guia e sustenta todas as coisas no universo e permanece imutável enquanto tudo mais flui à sua volta. O Tao Te Ching também enfatiza qualidades femininas, dóceis, que, conforme ensina, são como água – ao mesmo tempo suave e forte (WILKISON, 2011, p.253).
O taoismo é uma
religião que ensina o fiel a rolhar para dentro de si e buscar a harmonia interior, e consequentemente, com à natureza. Em outras palavras, fazer parte
do todo é um dos objetivos da espiritualidade taoista. E a meditação tem um
papel fundamental nesse processo.
Outro aspecto importante do taoismo é o principio do Yin Yang. Viver sempre em harmonia é uma das principais metas de todos os seguidores do taoismo. No pensamento tradicional chinês todas as coisas existentes no mundo possuem dois lados essencialmente conhecidos como yin yang. “Yin” descreve as coisas escuras, úmidas, frias, moles e femininas; e “Yang” é o oposto de tudo isso.
A harmonia entre os opostos é algo que sempre deve ser preservada. Se existe algum tipo de distúrbio no mundo é porque a força vital de Yin Yang está em desarmonia. E isso, em parte, explica porque em algumas partes do mundo acontecem terremotos, enchentes, furacões e outros fenômenos naturais que trazem destruição, prejuízo e medo para milhares de pessoas.
II. TAOISMO FILOSÓFICO E RELIGIOSO.
A diferença básica entre essas duas correntes é
que o taoismo filosófico começou com os escritos de Lao tsé e está fundamentado
na obediência ao Tao, que é a energia que está presente na natureza, ele é essencialmente
místico e contemplativo. Já o taoismo religioso tem como principal meta
alcançar a imortalidade.
Nas palavras de Moore,
Como o confucionismo, o taoismo filosófico não está preocupado com a salvação, mas com uma aceitação do fluxo constante do universo. Para os taoistas filosóficos, não há um estado de existência do qual é preciso salvar-se, porque todos os estágios da vida são parte da ordem natural do Tao. [...]. No taoismo religioso, pelo contrário, há uma forte ênfase na busca da imortalidade, com a ajuda de diversas práticas – dietas, sexo, ginástica e meditação --, por meio das quais os taoistas procuram reverter o fluxo dos fluidos essenciais no corpo, e assim ficar mais jovens, nutrindo dentro de si mesmos um “embrião da imortalidade” que sobreviverá depois da morte. Os adeptos dessa prática devem purificar a mente e o coração, assim como o corpo, e todo poder mágico adquirido deve ser empregado apenas para beneficiar os outros. (OLDSTONE-MOORE, 2007, p. 218).
Um fato interessante que aprendemos com as
religiões (por mais diferentes que elas sejam umas das outras), é a obsessão
que os humanos têm em saber o que acontece após à morte, todo ser vivo deve encarar a dura verdade que um dia terá que
morrer. A vida terrena não é eterna, ela é passageira e
transitória e isso causa medo em muita gente. A busca da imortalidade é um
ponto comum entre várias religiões. A diferença é que para uns a imortalidade é
algo dado por Deus, para outros é algo conquistado apenas pelo próprio esforço.
Sem dúvida quanto mais estudamos as diferentes religiões melhor conhecemos o
ser humano.
III. PRÁTICAS RELIGIOSAS.
III. PRÁTICAS RELIGIOSAS.
Segundo as palavras de Wilkinson (2011, p. 260), “o taoismo dá muita importância a lugares sagrados, como fontes,
cavernas, e sobretudo montanhas, e por isso a peregrinação é uma outra prática
valorizada. Montanhas sagradas como Tai Sham no leste da China, com centenas de
santuários, são locais de peregrinação populares”.
O Tao está nas montanhas, nos lagos, nas
cavernas, nas árvores, nos rios, nas matas, na vida animal e na vida humana.
Viver em harmonia com o Tao é estar em harmonia com o meio ambiente. Podemos levantar a hipótese de que os taoistas podem ser grandes ambientalistas, no
sentido de preservar e cuidar da natureza. Para o taoista qualquer lugar, seja num templo
ou nas margens de um lago, é ideal para à prática da meditação e estar
em harmonia com o Tao.
Acredito que este é um dos pontos positivos do taoismo.
Vivemos em um mundo extremamente consumista, e muitas vezes para que esse
consumo seja contínuo, se faz necessário sacrificar à natureza e o meio
ambiente. No mundo moderno perdeu-se o conceito de sagrado. Tudo se tornou profano.
A vida animal, vegetal e até própria vida humana se transformaram em meras
mercadorias, ou seja, objetos de comércio e consumo.
Para concluir, o que podemos aprender com o taoismo?
Acredito que viver sempre em “equilíbrio” é um dos maiores ensinamentos do taoismo
pode nos dar, porque quem não vive em equilíbrio acaba caindo em algum extremo.
E extremistas podem ser encontrados em quase todos os lugares principalmente na
política e na religião. Outra coisa é a busca da harmonia interior e com o meio
ambiente. Em um mundo dominado pelo secularismo e o ceticismo a busca da paz interior
é algo de grande urgência.
Fontes:
OLDSTONE-MOORE, Jennifer. Tradições chinesas. In: COOGAN, Michael D. Religiões: história, tradições e fundamentos das
principais crenças religiosas. São Paulo: Publifolha, 2007.
WILKINSON. Philip. Religiões: guia ilustrado zahar. Rio de janeiro: Zahar, 2011.
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