Contribuição

Pix: anderson.alvesbarbosa7@gmail.com

21 de agosto de 2018

UMA BREVE INTRODUÇÃO AS CIÊNCIAS DA RELIGIÃO.


Para início de conversa é bom saber que Ciências da Religião e Teologia não são a mesma coisa. São áreas de conhecimento distintas, com objetos de pesquisa distintos, no entanto, que podem se complementar. Uma diferença entre as duas é que a teologia (e aqui não vou explicar os vários tipos de teologias que existem, mas por uma questão de simplificação, me referirei a teologia dogmática cristã) é mais antiga, e as Ciências da Religião sendo mais nova, surgindo a partir do século XIX.
“Ciência da religião (conforme nomenclatura empregada pela CAPES) é área de estudo acadêmico da religião surgida em fins do século XIX, que inclui a descrição, a interpretação, a comparação e a explicação de ideias, textos, comportamentos e instituições, linguagens (símbolo, mitos, rito e doutrina) e práticas das mais variadas tradições religiosas, como também a reflexão em torno dos conceitos que cada âmbito desses mobiliza, sem pressupor a superioridade de uma tradição religiosa sobre outra” (PIPER, 2017, p. 131)
O objeto de estudo da teologia é Deus e suas manifestações no mundo, mas o das ciências da religião é o fenômeno religioso humano. Outra diferença entre essas duas áreas de conhecimento é que a teologia busca fortalecer à crença pessoal do teólogo, enquanto, as Ciências da Religião não têm a intenção de fortalecer a fé de ninguém, mas tentar compreender de uma forma cientifica e imparcial a religião do outro.

Os pais fundadores da ciência da religião foram todos europeus, em sua maioria alemães, holandeses, romenos e italianos. Entre eles estão: Friedrich Max Müller (1823-1900), Cornelis Tiele (1830-1902), Rudolf Otto (1869-1937), Gerardus Van der Leeuw (1890-1950), Joachim Wach (1898-1955), Raffaele Petazzoni (1883-1959), Mircea Eliade (1907-1986), Wilfred Cantwell Smith (1916-2000), Donald Wiebe (1943-), Roderick Ninian Smart (1927-2001) e Michael Pye (1939-). Todos eles tiveram a curiosidade de conhecer de uma forma mais cientifica o fenômeno religioso.
Portanto a análise da religião deve ser feita de modo imparcial, não cabendo ao estudioso interferência prática. Ele deve apenas descobrir o que é a religião, qual é a fundamentação que ela possui na alma humana e quais são as leis de seu desenvolvimento histórico. E, partindo de uma base linguística, desenvolver estudos comparativos das diversas mitologias. Dessa maneira para ele, “uma Ciência da Religião, baseada na comparação verdadeiramente cientifica e imparcial de todas [...] religiões da humanidade, é agora uma questão de tempo” (Müller, 1893, 26). (PIPER, 2017, p. 134).
Logo no início o método usado por Max Müller para analisar as religiões foi a linguística. Müller traduzia os mitos e textos sagrados e os comparava uns com os outros. No entanto, com o passar do tempo outros métodos de pesquisa foram sendo usados. Por exemplo, Gerardus Van der Leeuw usou à fenomenologia como método cientifico para estudar a religião, mas à abordagem fenomenológica foi posteriormente criticada por outros cientistas da religião. Mas isso faz parte do processo. Toda e qualquer nova área de conhecimento precisa ser críticada e questionada para saber se seus métodos são legítimos e concretos.      

Mas por que o nome “Ciências” da Religião no plural? Isso se deve por ser uma área de conhecimento pluridisciplinar, ou seja, existem outras disciplinas dentro das Ciências da Religião. São elas: filosofia da religião, história da religião, sociologia da religião, antropologia da religião, psicologia da religião e geografia da religião. Tudo isso para tentar compreender à religião de uma forma mais cientifica, e isso faz com que as Ciências da Religião seja aberta ao diálogo com outras áreas do conhecimento humano. E, este é outro aspecto que faz com que as Ciências da Religião não seja confundida com à teologia dogmática.

No Brasil as Ciências da Religião, como uma área de estudo acadêmica, para conseguir algum espaço nas universidades brasileiras teve ajuda da Teologia da libertação. Essa corrente teológica faz uma interpretação marxista da Bíblia, e por isso foi mais aberta ao diálogo com as ciências humanas, proporcionando assim um terreno fértil para a inclusão das Ciências da Religião no solo acadêmico brasileiro.

Hoje algumas universidades públicas e particulares oferecem cursos de graduação e pós-graduação com o objetivo de formar pesquisadores e professores em Ciências da Religião. 

E aí caro leito, gostou do texto? Deixe um comentário.


Fonte:
PIPER, Frederico. Ciência(s) da(s) Religião(ões). In: JUNQUEIRA, Sérgio Rogério Azevedo; BRANDENBURG, Laude Erani; KLEIN, Remí. (Org.) Compêndio do ensino religioso. São Leopoldo: Sinodal, 2017.

9 de agosto de 2018

FÉ E MISERICÓRDIA NA PRÁTICA: Como as epidemias contribuíram com o crescimento do cristianismo.



Propósito do texto: Conhecer como as epidemias que abalaram o mundo greco-romano antigo contribuíram para o crescimento e expansão do cristianismo.  


INTRODUÇÃO.
Os antepassados sempre deixaram um legado para ser conservado e praticado pelas gerações futuras. Se os cristãos que viveram durante os primeiros três séculos de nossa era, não tivessem colocado sua fé em prática, muito provavelmente o cristianismo não teria sobrevivido. Naquela época, de tempos em tempos, o mundo era acometido por epidemias que ceifavam a vida de milhares de pessoas. A medicina não era tão avançada como nos dias contemporâneos, e as pessoas que tinham menos recursos eram as que mais sofriam. E foi nesse contexto de sofrimento e caos que os primeiros cristãos tiveram a oportunidade de mostrar na prática ao mundo greco-romano pagão à relevância de sua fé.

AS EPIDEMIAS.
No ano 165 d.C. uma terrível epidemia assolou o Império Romano, isso aconteceu no reinado de Marco Antônio. Alguns historiadores levantam a hipótese de que tenha sido à primeira manifestação de varíola. Mas qualquer que tenha sido a doença ela tirou a vida de muitas pessoas. Segundo Stark, “ao longo dos quinze anos de duração da epidemia uma terço ou um quarto da população do império morreu em consequência dela, inclusive o próprio Marco Antônio, no ano 180, em Viena” (2006, p.87).

E tudo indica que esse não foi único e último caso de epidemia, em 251 uma nova e terrível epidemia alastrou-se sobre o império, e nesse caso foram as pessoas que moravam e trabalhavam nas áreas rurais que foram afetadas. Grande foi o número de mortos, que consequentemente trouxe instabilidade econômica, crise e desespero. Nessa época o paganismo era à crença dominante na sociedade greco-romana, e os cristãos eram apenas um grupo minoritário. 

Geralmente, em tempos de crise quando uma religião que é dominante não consegue dar respostas satisfatórias sobre as origens dos males e calamidades que surgem, essa religião acaba perdendo credibilidade entre os seus fiéis. É o que podemos chamar de crise de fé. E esse contexto permite que “novos movimentos religiosos” se manifestem e tenham a oportunidade de expor o que eles pensam sobre as origens dessas calamidades.
Com frequência na história humana, crises produzidas por calamidades naturais ou sociais se traduziram em crise de fé. Em geral, isso ocorre porque a calamidade cria demandas a que a religião dominante se revela incapaz de atender. Essa incapacidade pode ocorrer em dois níveis. Em primeiro lugar, a religião pode não conseguir propiciar uma explicação satisfatória sobre as razões da ocorrência da calamidade. Por outro lado, a religião pode parecer ineficaz contra a calamidade, o que se torna verdadeiramente crítico quando todos os meios não-religiosos também se mostram inadequados – quando o sobrenatural subsiste como o único meio plausível de ajuda (STARK, 2006, p. 91).
Em outras palavras, o paganismo greco-romano se revelou fraco e incapaz em explicar as origens dos flagelos que assolava a população. Até parece que os deuses não se importavam muito com o bem-estar de seus devotos, não mostravam afeto e compaixão.

Apenas como ilustração, vamos imaginar que vivemos em alguma cidade que faz parte do território do império, e estamos sofrendo por causa dos efeitos devastadores das epidemias, e queremos saber o porquê de estarmos sofrendo tanto. Sendo pagãos, vamos à procura de algum sacerdote. Mas este por ser ignorante quanto a vontade dos deuses (pois não sabe quando eles estão de bom ou mau humor) não sabe responder as razões da epidemia.

Procuramos algum dos filósofos em busca de respostas. Entretanto, estes por não darem muito crédito aos deuses, se mostram tão ignorantes quanto os sacerdotes. Para eles tudo na vida depende de sorte, já que não existe uma resposta racional e lógica para tudo. E agora, quem poderá nos ajudar? 

(Caro leitor(a) se tiver interesse em ter um conhecimento básico sobre as epidemias, acesse este link: As grandes epidemias da história aqui você encontra um excelente artigo sobre o tema).  


A FÉ CRISTÃ EM AÇÃO.
Às vezes são nos tempos de crises e calamidades que os novos movimentos religiosos têm a oportunidade de “mostrar a cara”. Usamos a expressão novos movimentos religiosos porque o cristianismo foi, naquela época, uma religião nova e que trouxe uma nova perspectiva sobre a vida. A moral dos cristãos era algo diferente de tudo o que já se tinha visto no mundo greco-romano.

O cristianismo partia da seguinte máxima: “devemos amar o próximo como a nós mesmos”. Essa era uma ideia desconhecida naquele contexto. Ninguém estava muito preocupado com o que poderia acontecer com os outros, nem mesmo os deuses estavam preocupados com a vida dos homens na terra. Pagãos e cristãos acreditavam no sobrenatural, isso era um ponto em comum, a diferença era que os cristãos eram mais amorosos.
O ensinamento cristão segundo o qual Deus ama aqueles que o amam era estranho às crenças pagãs. MacMullen sublinha que, da perspectiva pagã, “o que importava era [...] o serviço que podia ser prestado pela divindade, pois um deus (como Aristóteles ensinara durante muito tempo) não podia sentir amor es resposta ao que lhe era oferecido” (1981:53). Igualmente estranha ao paganismo era a ideia de que, porque Deus ama a humanidade, os cristãos não podem agradar a Deus a menos que amem uns aos outros. Com efeito, como Deus demonstra seu amor por meio do sacrifício, os seres humanos devem demonstrar seu amor mediante o sacrifício de uns pelos outros. Além disso, tais responsabilidades deviam ir além dos laços familiares e tribais, efetivamente, a “todos os que em qualquer lugar invocam o nome de nosso Senhor Jesus Cristo” (1Co 1,2). Eram ideias revolucionárias. (STARK, 2006, p. 100).
As epidemias contribuíram com o crescimento da religião cristã porque elas deram os cristãos a oportunidade de mostrar ao mundo greco-romano a esperança na qual eles acreditavam. Em um mundo sem esperança; mergulhado no caos e com muitas pessoas mortas e doentes pelas ruas por causa das epidemias, os primeiros cristãos foram altruístas e misericordiosos. E isso causou um impacto muito grande na mente das pessoas. O paganismo, que era a crença dominante, se viu ameaçado pelo trabalho assistencialista dos cristãos. E para não perder o território tentou imitar o trabalho dos cristãos, mas não teve sucesso.
Como os deuses pagãos exigiam apenas propiciação, deixando os interesses humanos nas mãos humanas, um sacerdote pagão não podia pregar que aqueles a quem faltava o espírito de caridade colocavam em risco a própria salvação. Com efeito, os deuses pagãos não ofereciam salvação. Podiam ser subornados a prestar vários serviços, mas os deuses não proporcionavam meios de escapar da mortalidade (STARK, 2006, p. 102).
Por causa das epidemias muitas pessoas perderam familiares e amigos, e isso contribuiu para que novos vínculos de amizades fossem criados. Pagãos que foram socorridos por cristãos, consequentemente, abandonavam a antiga religião e se rendiam ao cristianismo.

Concluindo, talvez se as epidemias não tivessem dado aos cristãos a oportunidade de mostrar ao mundo a razão de sua fé, muito provavelmente o cristianismo teria permanecido apenas como uma seita minoritária. No entanto, isso nos ajuda a ter um olhar diferenciado sobre as origens do cristianismo.


Fonte.
STARK. Rodney. O crescimento do cristianismo: um sociólogo reconsidera a história. São Paulo: Paulinas, 2006.


E aí caro leitor (a), gostou do texto? Deixe um comentário.  

3 de agosto de 2018

TAOISMO: Uma milenar tradição chinesa.


Existe uma diferença básica entre o confucionismo e o taoismo. O primeiro se preocupa mais com o lado externo da vida, e o segundo com a vida interior. Ou seja, como confucionistas os chineses se esforçam para viver em harmonia com a sociedade na qual vivem, e como taoistas seguem por outro viés, procuram a paz interior e a harmonia com a natureza. Assim, de forma simbólica, podemos dizer que o confucionismo e o taoismo são “os dois lados da mesma moeda”.

Propósito do texto: Conhecer um pouco sobre a religiosidade taoista e descobrir o que se pode aprender com ela.

I. LAO TSÉ.
Escrever uma biografia completa sobre Lao tsé (ou Laozi) é algo praticamente difícil, isso por causa da escassez de fontes históricas que relatem em detalhes a vida pessoal do fundador do taoismo. Tudo o que se sabe sobre Lao tsé está mais para lendas que fatos concretos. No máximo sabe-se que Lao tsé viveu em meados do século VI a.C., foi contemporâneo de Confúcio, e aparentemente mais velho do que ele.

Lao tsé escreveu o Tao Te Ching que se tornou o texto sagrado do taoismo. Não se sabe em que época Lao tsé escreveu essa obra, no entanto, um dos seus fundamentos principais é que o homem deve sempre pautar sua vida conforme o Tao. Mas o que é o Tao? Tao é um termo de difícil definição, muitos o definem como “o caminho”, mas em síntese o Tao pode ser visto como uma “força” que estar por trás de tudo o que existe no mundo. E cabe ao taoista viver sempre em harmonia com o Tao.
Essa obra, que supostamente contém os ensinamentos de Lao-tsé, provavelmente combinam as palavras de muitos antigos mestres espirituais. O texto explica o princípio do Tao, que guia e sustenta todas as coisas no universo e permanece imutável enquanto tudo mais flui à sua volta. O Tao Te Ching também enfatiza qualidades femininas, dóceis, que, conforme ensina, são como água – ao mesmo tempo suave e forte (WILKISON, 2011, p.253).
O taoismo é uma religião que ensina o fiel a rolhar para dentro de si e buscar a harmonia interior, e consequentemente, com à natureza. Em outras palavras, fazer parte do todo é um dos objetivos da espiritualidade taoista. E a meditação tem um papel fundamental nesse processo.

Outro aspecto importante do taoismo é o principio do Yin Yang. Viver sempre em harmonia é uma das principais metas de todos os seguidores do taoismo. No pensamento tradicional chinês todas as coisas existentes no mundo possuem dois lados essencialmente conhecidos como yin yang. “Yin” descreve as coisas escuras, úmidas, frias, moles e femininas; e “Yang” é o oposto de tudo isso.

A harmonia entre os opostos é algo que sempre deve ser preservada. Se existe algum tipo de distúrbio no mundo é porque a força vital de Yin Yang está em desarmonia. E isso, em parte, explica porque em algumas partes do mundo acontecem terremotos, enchentes, furacões e outros fenômenos naturais que trazem destruição, prejuízo e medo para milhares de pessoas.

II. TAOISMO FILOSÓFICO E RELIGIOSO.
A diferença básica entre essas duas correntes é que o taoismo filosófico começou com os escritos de Lao tsé e está fundamentado na obediência ao Tao, que é a energia que está presente na natureza, ele é essencialmente místico e contemplativo. Já o taoismo religioso tem como principal meta alcançar a imortalidade.

    Nas palavras de Moore,
Como o confucionismo, o taoismo filosófico não está preocupado com a salvação, mas com uma aceitação do fluxo constante do universo. Para os taoistas filosóficos, não há um estado de existência do qual é preciso salvar-se, porque todos os estágios da vida são parte da ordem natural do Tao. [...]. No taoismo religioso, pelo contrário, há uma forte ênfase na busca da imortalidade, com a ajuda de diversas práticas – dietas, sexo, ginástica e meditação --, por meio das quais os taoistas procuram reverter o fluxo dos fluidos essenciais no corpo, e assim ficar mais jovens, nutrindo dentro de si mesmos um “embrião da imortalidade” que sobreviverá depois da morte. Os adeptos dessa prática devem purificar a mente e o coração, assim como o corpo, e todo poder mágico adquirido deve ser empregado apenas para beneficiar os outros. (OLDSTONE-MOORE, 2007, p. 218).
Um fato interessante que aprendemos com as religiões (por mais diferentes que elas sejam umas das outras), é a obsessão que os humanos têm em saber o que acontece após à morte, todo ser vivo deve encarar a dura verdade que um dia terá que morrer. A vida terrena não é eterna, ela é passageira e transitória e isso causa medo em muita gente. A busca da imortalidade é um ponto comum entre várias religiões. A diferença é que para uns a imortalidade é algo dado por Deus, para outros é algo conquistado apenas pelo próprio esforço. Sem dúvida quanto mais estudamos as diferentes religiões melhor conhecemos o ser humano. 

III. PRÁTICAS RELIGIOSAS.
Segundo as palavras de  Wilkinson (2011, p. 260), “o taoismo dá muita importância a lugares sagrados, como fontes, cavernas, e sobretudo montanhas, e por isso a peregrinação é uma outra prática valorizada. Montanhas sagradas como Tai Sham no leste da China, com centenas de santuários, são locais de peregrinação populares”.

O Tao está nas montanhas, nos lagos, nas cavernas, nas árvores, nos rios, nas matas, na vida animal e na vida humana. Viver em harmonia com o Tao é estar em harmonia com o meio ambiente. Podemos levantar a hipótese de que os taoistas podem ser grandes ambientalistas, no sentido de preservar e cuidar da natureza. Para o taoista qualquer lugar, seja num templo ou nas margens de um lago, é ideal para à prática da meditação e estar em harmonia com o Tao.

Acredito que este é um dos pontos positivos do taoismo. Vivemos em um mundo extremamente consumista, e muitas vezes para que esse consumo seja contínuo, se faz necessário sacrificar à natureza e o meio ambiente. No mundo moderno perdeu-se o conceito de sagrado. Tudo se tornou profano. A vida animal, vegetal e até própria vida humana se transformaram em meras mercadorias, ou seja, objetos de comércio e consumo.

Para concluir, o que podemos aprender com o taoismo? Acredito que viver sempre em “equilíbrio” é um dos maiores ensinamentos do taoismo pode nos dar, porque quem não vive em equilíbrio acaba caindo em algum extremo. E extremistas podem ser encontrados em quase todos os lugares principalmente na política e na religião. Outra coisa é a busca da harmonia interior e com o meio ambiente. Em um mundo dominado pelo secularismo e o ceticismo a busca da paz interior é algo de grande urgência.


Fontes:
OLDSTONE-MOORE, Jennifer. Tradições chinesas. In: COOGAN, Michael D. Religiões: história, tradições e fundamentos das principais crenças religiosas. São Paulo: Publifolha, 2007.
WILKINSON. Philip. Religiões: guia ilustrado zahar. Rio de janeiro: Zahar, 2011.